jun/15 | em Entrevistas

Bolsista Fulbright em roteiro de cinema é destaque na revista Variety

Variety, uma das revistas americanas especializadas mais renomadas no assunto, publicou uma lista com o 110 estudantes destaques para o futuro do cinema e da televisão. Dentre os escolhidos, está Beto Skubs, bolsista Fulbright na University of California, Los Angeles (UCLA) do curso de mestrado em roteiro de cinema, o MFA. Beto deve retornar ao Brasil no segundo semestre de 2015. Por e-mail, conversamos com nosso bolsista para falar de projetos para o futuro e o sobre  o destaque na revista americana. Confira.

Fulbright – Como foi a sua trajetória até a bolsa do Masters in Fine Arts (MFA)?

Beto Skubs – Me formei em Rádio e TV pela UNIMEP (Universidade Metodista de Piracicaba) em 2004. Depois disso, trabalhei num estúdio local da Band, e montei minha própria produtora. Escrevi, dirigi e produzi vários curtas metragem, e passei a escrever longas. Um deles foi adaptado como história em quadrinhos e ganhou o edital do Proac em São Paulo – a HQ, “Fade Out: Suicídio Sem Dor”, foi publicada em 2012. Era nisso que eu estava trabalhando quando me inscrevi no edital. No processo de seleção, eles pedem um argumento de longa metragem – e foi esse que eu usei.


Fulbright – O que levou você a se candidatar para a bolsa e como foi o processo de seleção?

Beto – Queria aprimorar a minha técnica em roteiro e produção aqui nos Estados Unidos, onde existe uma indústria que sabe unir arte e bons negócios. Acabei me apaixonando por roteiro e produção de TV. A qualidade tem aumentado muito, na minha opinião, superando a do cinema atualmente.  Na inscrição, mandei um currículo, carta de intenção, cartas de recomendação. Acho que o que foi mais importante é o argumento do longa metragem. Fui chamado para a entrevista, e foi bem casual – na realidade, foi bastante divertido. A entrevista foi curta, durou só uns 15 minutos, mas foi ótima. Acho que a dica é ser sincero, ser espontâneo, e claro, trabalhar muito na inscrição – é uma bolsa concorrida e uma oportunidade espetacular. É preciso se destacar bastante.


Fulbright –
 Como aconteceu o destaque na Variety?  Você estava sabendo que eles iam publicar seu nome na lista ou foi uma surpresa?

Beto – O departamento de relações públicas da universidade entrou em contato comigo, pedindo uma breve biografia, mas não disseram o motivo. Achei que era alguma divulgação da própria faculdade, pelo fato de ter vendido um projeto de TV para a Sony Crackle aqui. Semanas depois, me mandaram um e-mail contando que a Variety havia entrado em contato com eles pedindo indicações de alunos para a matéria – a UCLA enviou para a Variety uma lista de alunos, e a própria revista escolheu os que foram citados na matéria. Foram apenas 5 da UCLA. Eu fiquei sabendo aproximadamente um mês antes da matéria sair.


Fulbright – Qual o significado disso para você e pra sua carreira?

Beto – Foi uma honra enorme. A Variety é uma das revistas de cinema mais importantes do mundo. A UCLA comprou uma página na própria revista para nos destacar ainda mais, e nos parabenizar pela matéria. Acho que é um indicativo de que meu trabalho tem se destacado – tudo aqui na ária de cinema e TV é incrivelmente competitivo, então esse tipo de indicação serve para mostrar que eu posso trabalhar no mais alto nível da indústria.


Fulbright –
 E quais são seus planos para depois do MFA?

Beto – Escrever e produzir bastante, especialmente para TV. A produção de TV no Brasil parece estar esquentando bastante, e estou muito empolgado com as possibilidades.


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